Até para o Ano
Se houver «motivo de reportagem», pode ser que ainda faça algum post por SMS, mas o mais provável é que só volte para o ano.
Assim, beijos e abraços que yo me voy para España!
Os comentários são caseiros e queimados no momento. É à confiança!
Uma bela iniciativa! Só é pena não ser fim de semana...Passageiros da Transtejo recebem prenda da empresa
Contos de Natal animam travessias do Tejo"O boneco de neve", "A verdadeira história do Pai Natal" ou "A pequena bétula e o grande abeto" são alguns dos contos natalícios que os passageiros da Transtejo poderão ouvir hoje, entre as 08h30 e as 10h30 e entre as 17h30 e as 19h00, durante as travessias fluviais Barreiro/Terreiro do Paço e Cacilhas/Cais do Sodré.
A iniciativa "Leituras Felizes", promovida ontem e hoje pela empresa de transportes fluviais Transtejo/Soflusa, pretende assinalar a quadra festiva com a leitura de contos adaptados ao tempo do percurso feita por um grupo de estudantes de teatro e cinema vestidos de Pai Natal.
"Insere-se na iniciativa 'Natal no Tejo', que engloba também a animação com canções de Natal nos terminais do Terreiro do Paço e Cais do Sodré, entre as 17h e as 19h, e a distribuição de um marcador de livros desejando 'boas festas' aos passageiros", explica a directora comercial da empresa, Teresa Gato.
Parece ser consensual que 2005 será um ano de crescimento económico mais fraco. De facto, 2004 foi, apesar de todas as oscilações verificadas, o culminar de uma recuperação económica que teve início em 2002, e que se seguiu a um período de forte abrandamento económico a nível mundial em 2001.Eu era capaz de jurar que nos andavam a vender que tinhamos estado em recessão até este ano e que agora existiam fortes indícios de que a retoma estava aí! Afinal o que é que isto quer dizer?...
Na sequência de um editorial de JMF no Público de sexta-feira, 3 de Dezembro («Eleições de Verdade?»), dediquei-me a fazer uma pequena reflexão sobre o ensino superior. Dizia JMF que «devemos ter menos universidades e cursos superiores, mas melhores».
Julgo ser incontestável que o Ensino Superior em Portugal, bem como no resto da Europa, precisa de um salto qualitativo urgente. Já a necessidade de existirem menos Universidades e Cursos, em minha opinião, está por provar.
Senão vejamos: estudos recentes apontam para que, em termos macroeconómicos, cada ano adicional de formação escolar, mantendo o resto dos factores constantes, gera um incremento imediato na produtividade agregada de cerca de 5% e a longo prazo gerará outros 5%, pelo efeito dessa formação no avanço tecnológico futuro e na adopção de novos processos de produção.Existem ainda fortes sinais de que o benefício social da formação dos indivíduos é semelhante ao benefício individual gerado, o que significa que o investimento na educação é útil e desejável. Finalmente, a qualificação da mão-de-obra é também um factor de coesão social - "um crescimento de 1% na proporção da mão-de-obra que possui pelo menos o nível superior dos estudos secundários provoca um aumento de 6% dos rendimentos de 40% da população mais pobre e um aumento até 15% dos rendimentos de 60% da população mais pobre, contribuindo assim para uma maior igualdade dos rendimentos"
Assim, é especialmente indicado a países com problemas de produtividade e de baixa qualificação da mão de obra apostar na educação e no aumento do seu stock de capital humano de forma a recuperar o atraso face a economias mais desenvolvidas, que fizeram apostas estratégicas na educação e na investigação científica no passado e que hoje colhem os frutos dessa aposta. Os investimentos decorrentes desta aposta devem centrar-se não apenas no ensino universitário (até porque muitos dos problemas do sector em Portugal estão a montante das Universidades), mas também, e devem dar especial atenção à eliminação das barreiras no acesso ao conhecimento por populações desfavorecidas e ao reforço da aprendizagem ao longo da vida.
Dado que os aumentos de produtividade por via do capital humano se dão essencialmente pela via do desenvolvimento e adopção de novas tecnologias e de novos processos de trabalho, o ensino científico (altamente deficitário em Portugal e na Europa em geral) deve ser incentivado, nomeadamente apostando mais na investigação, na sua ligação ao sector público e privado (e nas fontes alternativas de financiamento decorrentes) e na criação de carreiras de investigadores não-docentes. Este tipo de ensino deverá ainda proporcionar condições e especializações para o exercício de actividades técnicas, de investigação ou de docência, que devem ser assumidas como áreas vocacionais dentro dos currículos e que devem contar com programas e abordagens diferenciadas, com diferentes métodos e práticas.
Paralelamente, esta aposta no ensino científico deve ser acompanhada pelo reconhecimento da importância do ensino não-científico, que designaremos por vocacional (artístico, literário, social, etc.), para o progresso social e para a existência e dinamização de um ambiente de inovação e criatividade, essencial para o desenvolvimento do tecido económico. Sem o reconhecimento da importância destas duas realidades distintas, o risco do desaparecimento do ensino não-técnico será muito elevado e o preço social desse desaparecimento ou perda de importância será tremendo.
Existem hoje alguns bons exemplos de iniciativas portuguesas com sucesso internacional que decorrem exactamente da conjugação do ensino técnico-científico com o ensino vocacional e áreas aparentemente menos produtivas e mais artísticas, como são o design e a moda (ver MGlass ou Fly London). O caso do têxtil é paradigmático: um dos maiores problemas do sector é precisamente o facto de só estarmos na produção e exportação e não estarmos na distribuição e na criação de marcas (áreas de maior geração de valor); torna-se assim especialmente evidente que a existência de cursos mais vocacionais e menos orientados à produção em sentido estrito são fulcrais para o «passo em frente».
Consubstanciando tudo isto, a Estratégia de Lisboa (Conselho Europeu de Lisboa, 2000) aponta para tornar a Europa «na economia baseada no conhecimento mais dinâmica e competitiva do mundo, capaz de garantir um crescimento económico sustentável, com mais e melhores empregos, e com maior coesão social», num horizonte de 10 anos. Para isso apela ao substancial aumento anual no investimento na formação de recursos humanos (investimento público e privado, em complemento e não em substituição) e preconiza o objectivo estratégico da aplicação de 3% do PIB em I&D (devendo 2/3 deste valor provir do sector privado). Estes objectivos permitirão à Europa anular o gap face aos Estados Unidos e ultrapassá-lo, estancando o êxodo de pessoas altamente qualificadas em ciência e tecnologia e criando as condições necessárias a tornar as Universidades Europeias capazes de atrair e captar os melhores «cérebros», que actualmente se concentram nos Estados Unidos.
Neste âmbito, a posição de Portugal só pode ser acompanhar esta estratégia e concentrar esforços para ter uma ou duas Universidades em condições de ombrear com as melhores da Europa, o que está longe de acontecer actualmente.
Em conclusão, Portugal tem sem dúvida que apostar na qualidade do seu ensino superior, mas também na diversidade de cursos (que lhe permitirá aumentar as capacidades tecnológicas do país, mas também reforçar a sua cultura) e no aumento do número de licenciados (é neste segmento que existem as mais baixas taxas de desemprego em Portugal, o que confirma a capacidade da economia portuguesa para absorver a mão de obra licenciada). Creio que o nosso país deve apostar no aumento da qualidade, mas não creio que seja desejável enveredar pela redução da oferta de cursos - tal medida parece-me ser prejudicial à competitividade do nosso país, à sua produtividade e atrasaria ainda mais a adopção de novas tecnologias e processos, essenciais à recuperação da nossa economia e à captação de investimentos em sectores de alto valor acrescentado.
Apesar de não ficar claro na frase de JMF qual o seu alcance, estas foram as reflexões que a frase me provocou, que podem até não ter nada a ver com o que ele tentou transmitir... (não seria justo ler na frase, por ser genérica e vaga, uma defesa da redução do investimento, ou que o ensino deve ser privado ou público, ou sequer que a oferta de cursos deve ser muito ou pouco condicionada pelas necessidades económicas do país...). Mas, se a questão tem a ver com o facto de Portugal ser provavelmente o país com mais nomes de cursos diferentes na Europa, parece-me que muitos dos cursos que parecem diferentes e que nos fazem crer que existem demasiados cursos, têm mais que ver com a permissividade do Ministério, que permite que cursos idênticos tenham nomes que aparentemente os diferenciam, baralhando as escolhas dos estudantes e distorcendo a realidade do ensino, do que com um efectivo excesso de oferta...
Aliás deve ter sido por isso que criaram a Central de Comunicação. Foi para manter a distância face aos media e para lerem os jornais por eles...Como é que o que passa deste governo é um imagem de descoordenação política?
É necessário que quem estiver no poder tenha capacidade durante os primeiros três anos de governar sem ler os jornais.
O acto do dr. Jorge Sampaio teve consequências em termos de regime. É o próprio regime que está em causa, ou seja, os portugueses vão-se interrogar se realmente é possível manter um regime, neste caso semi-presidencialista com os poderes que tem, que não é capaz de garantir estabilidade.Aliás, as próprias eleições chegam a ser perturbadoras! Se calhar deviamos limitar-nos a fazer um referendo periódico, de 10 em 10 anos, por exemplo, de participação restrita, para saber se o povo quer que continuemos o excelente trabalho efectuado...
Vai haver uma consciencialização progressiva de que este regime, tal como é concebido, não responde a um dos requisitos essenciais para que Portugal possa sair da situação em que está, que é garantir estabilidade política. Tem de haver aqui um repensar profundíssimo dos próprios alicerces do regime.
... entendeu-se que a forma concreta e mais eficaz eleitoralmente de tornar possível a concretização dos objectivos era, para já, irem em listas separadas. É uma questão de eficácia eleitoral face às circunstâncias concretas com que esta maioria foi confrontada.Na sequência do post anterior, concluo que eles não sabem mesmo é fazer contas...
Quem observar os resultados de eleições na Região Autónoma da Madeira, de há alguns anos para cá, reparará que as duas organizações comunistas — o PCP, ridiculamente travestido de “CDU”, e a UDP, rebaptizada de “bloco de esquerda” —, somadas, andam normalmente à volta dos oito por cento dos votos expressos, mais do que o CDS.Uma das virtudes do sistema democrático é permitir que cada um possa expressar a sua opinião e tentar cativar pessoas que a subscrevam. Na maior parte dos casos, o auto-controle e o bom senso são suficientes para que o equilíbrio no pensamento vingue. No entanto, existem casos em que o ideal seria o açaime, a trela, ou outro instrumento do género.
O que é muito para o sistema democrático da nossa Autonomia Política, na medida em que o projecto de tais duas organizações não é democrático, nem autonomista.
E isto poderia ser pior, não fosse o radicalismo do Partido Socialista local, que, assim, apanha mais uns votos de extremistas, os quais, se perante um PS mais moderado, acabariam por transferir o voto para o PCP ou para a UDP.
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Assim, e também no caso concreto da Madeira, nomeadamente, o PCP joga através da infiltração do Partido Socialista da rua do surdo, visível no comportamento de manual soviete que se conhece sobejamente identificado nalguns indivíduos bem colocados na “nomenclatura” do PS local.
O que, para o sector comunista madeirense, constitui uma mais-valia, para além dos seus resultados eleitorais.
Não é possível, para já, detectar que organização “infiltra” o CDS local, cujo “esquerdismo” radical também tem muito a ver com idiotice, irresponsabilidade e incompetência.
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É que, se um indivíduo vota comunista, ignorando estas realidades, coitado, é um ignorante, mal-informado, e há que ver as razões disso.
Mas se vota consciente de toda a tragédia que o comunismo semeou, e que assim também quer ver semeada na Madeira ou em Portugal, normalmente, por razões de “vingança” relacionada com os traumas e os falhanços de vida que transporta, então já estamos no domínio do patológico. Da perigosidade social. E qualquer sociedade que se quer democrática, tem Direito à legítima defesa!
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os Quadros do PCP são reduzidíssimos; donde lhe vem profissionalmente mais candidatos, é nos “desempregados”, na “hotelaria” e, pasme-se… “técnicos de telecomunicações”!… Aqui, por razões de Segurança, é preciso ver, já, o que se passa.