quinta-feira, julho 28, 2005

Willy Manson (se bem que eu acho mal chamar a um gajo Willy sem o conhecer de lado nenhum)

Chamo a vossa atenção para a música a passar.

Foi encomendada pelo JTF que tem andado sem muito tempo para o que quer que seja.

Fica a letra. Mais tarde, estou certo, virá o comentário do mestre.


Oxygen

I wanna be better than oxygen
So you can breathe when you're drowning and weak in the knees
I wanna speak louder than Ritalin
For all the children who think that they've got a disease
I wanna be cooler than t.v.
For all the kids that are wondering what they are going to be
We can be stronger than bombs
If you're singing along and you know that you really believe
We can be richer than industry
As long as we know that there's things that we don't really need
We can speak louder than ignorance
Cause we speak in silence every time our eyes meet.

On and on, and on, and on it goes
The world it just keeps spinning
Until i'm dizzy, time to breathe
So close my eyes and start again anew.

I wanna see through all the lies of society
To the reality, happiness is at stake
I wanna hold up my head with dignity
Proud of a life where to give means more than to take
I wan't to live beyond the modern mentality
Where paper is all that you're really taught to create
Do you remember the forgotten America?
Justice, equality, freedom to every race?
Just need to get past all the lies and hypocrisy
Make up and hair to the truth behind every face
That look around to all the people you see,
How many of them are happy and free?
I know it sounds like a dream
But it's the only thing that can get me to sleep at night
I know it's hard to believe
But it's easy to see that something here isn't right
I know the future looks dark
But it's there that the kids of today must carry the light.

On and on, and on, and on it goes
The world it just keeps spinning
Until i'm dizzy, time to breathe
So close my eyes and start again anew.

If i'm afraid to catch a dream
I'll weave your baskets and i'll float them down the river stream
Each one i weave with words i speak to carry love to your relief.

I wanna be better than oxygen
So you can breathe when you're drowning and weak in the knees
I wanna speak louder than Ritalin
For all the children who think that they've got a disease
I wanna be cooler than t.v.
For all the kids that are wondering what they are going to be
We can be stronger than bombs
If you're singing along and you know that you really believe
We can be richer than industry
As long as we know that there's things that we don't really need
We can speak louder than ignorance
Cause we speak in silence every time our eyes meet.

On and on, and on, and on it goes
The world it just keeps spinning
Until i'm dizzy, time to breathe
So close my eyes and start again anew.

quarta-feira, julho 27, 2005

Cily cizane

Quando chega o Estio a jornalada começa a ficar sem conteúdos mas, sobretudo, sem imaginação para inventar notícias diariamente. Vai daí, socorrem-se de uma grande variedade de expedientes para colmatar este problema, aproximando a sua linha editorial de uma qualquer revista cor-de-rosa (mestres em escrever sobre coisas sem interesse nenhum), divulgando hábitos e costumes das celebridades, aumentando a secção de humor, publicando entrevistas e questionários de rua de interesse limitado... Nada como esta época para pôr a literatura em dia.
O Les Echos aproveita este período para publicar curtas biografias de empreendedores famosos. Na Segunda foi o Eiffel, na Terça o Disney, hoje Marcus Samuel, fundador da Shell. A acompanhar durante tooooodo o Verão.

L'historien Tristan Gaston-Breton vous fait découvrir chaque jour, au cours de l'été, dans «Les Echos», l'un de ces aventuriers qui ont métamorphosé l'économie, et avec elle la société.

terça-feira, julho 26, 2005

Valentim processado por violação dos direitos de autor em Gondomar



(...) Quantos milhões de pesos gastara durante todos esses anos em carregamentos de caramelos, chocolates, brinquedos, fruta, vestidos, calças, sapatos, pulseiras, colares, refrescos, blusas, discos, camisas, alfinetes, revistas, para as intermináveis procissões que rodeavam o Palácio no Dia do Chefe? E quantos mais, muitíssimos mais, em presentes para os seus compadres e afilhados, nesses baptizados colectivos, realizados na capela do palácio, durante os quais, havia três décadas, um ou duas vezes por semana, se tornava padrinho de pelo menos uma centena de recém-nascidos? Milhões de milhões. Um investimento produtivo, sem dúvida. Ideia sua, no seu primeiro ano de governo, que ficara a dever ao seu profundo conhecimento da psicologia dominicana. Estabelecer uma relação de compadrio com um camponês, com um operário, com um artífice, com um comerciante, era garantir-se a lealdade desse pobre homem, dessa pobre mulher, que, a seguir ao baptizado, abraçava e presenteava com dois mil pesos. (...)

A Festa do Chibo
Mario Vargas Llosa

Os novos turistas amarelos

Um número crescente de países na Europa (Espanha, França, Itália, Suíça, Reino Unido...) começa a interessar-se pelo potencial económico que os turistas chineses representam. Portugal ainda não se inclui nesse grupo e só nos interessaremos se se descobrir que podemos construir um aeroporto especial para chineses, uma auto-estrada especial para os chineses, uma rotunda especial para os chineses, no fundo qualquer coisa em betão para os chineses... Porque no nosso país, já se sabe, sem cimento não há encantamento.
Até ao momento os chineses só podiam chegar ao Reino Unido com visto de negócios ou para estudar. Há seis meses o país foi considerado “aprovado” pelas autoridades de Pequim e ontem chegou o primeiro grupo de turistas a Londres. Espera-se que em 2020 estejam entre as cinco nacionalidades mais presentes nos hotéis da capital britânica. A notícia completa AQUI.

Leitor que me escutas, pá,

se tens mais de 35 anos e procuras uma vida de jantaradas, consegues estar muitas horas de pé, gostas de viajar e queres de vez em quando vetar uma lei qualquer, candidata-te à presidencia da República que a gente faz campanha por ti aqui no QnM.

Fazendo bem as contas

Um tipo que comece a ser PR aos 35, pode vir a ser, PR por 30 anos (dos 35-45, 50-60, 65-85) e ainda tentar a sua sorte na eleição aos 90...

Mutação

do conceito de República Democrática para o conceito de Monarquia-eleita Democrática.

Eleições presidenciais

Juro que já estou a tentar escrever alguma coisa acerca disto há mais de meia hora, mas parece que os meus dedos se recusam a comentar tão espatafúrdia situação.

Sicómoro

Há árvores tão bem contadas, que a realidade só pode desiludir. Principalmente quando se descobre que um sicómoro é, afinal, uma figueira-amoreira.

segunda-feira, julho 25, 2005

...

Não sei porquê, só me consigo lembrar daquela febre que assolou Portugal quando, no museu da ciência, foram mostradas umas maquinetas que rugiam e abanavam as caudas numa teatral representação daquilo que eram supostos ter sido os dinossauros.

Mas tu não sabes Portugal, que grande parte do encanto dos dinossauros reside no facto de eles estarem fossilizados e nunca mais poderem abrir a boca para poderem estragar todo o seu encanto?

quinta-feira, julho 21, 2005

AVISO

Informam-se os frequentadores mais à direita do "Queimado no Momento" que nos encontramos temporariamente indisponíveis para comentar a situação relacionada com o novo ministro das finanças.

Marché? Livra!

Há já alguns dias que correm nos mercados rumores de que a americana PepsiCo está a preparar uma OPA (para os leigos: compra) hostil sobre a francesa Danone cuja dispersão de capital em bolsa é significativa. O Le Monde fala de “Uma mobilização política sem precedentes” pelo que não é de deixar escapar a reacção dos franceses (sindicatos, associações de agricultores, comunicação social e políticos da direita à esquerda) sobre o tema. Mercado livre e concorrência não constam do léxico gaulês nestas situações. Juridicamente o governo francês não pode fazer grande coisa (l’Europe, l’Europe...) mas em termos políticos não há limites (c’est la France!). Exemplos de comportamentos semelhantes no passado foram a “promoção” da aproximação entre as farmacêuticas Sanofi e Aventis em 2004, num momento em que pairava no ar a ameaça dos suíços da Novartis ou, em 2003, quando conseguiram dissuadir a Siemens de comprar a Alstom. Isto dos liberais é como com os amigos: só nas situações de aperto é que se conhecem. E liberais já se sabe, só existem em Bruxelas e em Portugal.

DITOS

Danone, c'est la cathédrale de Chartres, et on n'achète pas la cathédrale de Chartres !", se plaisait à dire feu Antoine Riboud (antigo director da Danone e pai do actual director)

Mercredi matin, le ministre de l'emploi et de la cohésion sociale, Jean-Louis Borloo, affirmait sur Europe 1 que le gouvernement entendait "tout faire pour tenter de -s'- opposer à une OPA qui serait hostile". Danone "est plus qu'un fleuron, -c'est- une entreprise particulière car elle procède de l'équilibre de notre production agricole, c'est aussi un facteur structurant des PME françaises et européennes", fait-il valoir.

Les défenseurs de Danone jouent donc sur le seul registre qu'il leur reste : l'intimidation. "Le groupe achète un milliard de litres de lait aux producteurs français par an, et il ne pourrait pas fonctionner sans le lait des producteurs français", menace le leader agricole Jean-Michel Lemétayer, président de la FNSEA.

quarta-feira, julho 20, 2005

Presidenta

Enquanto por cá se vai falando de défice, a norte do Minho vão acontecendo coisas a que devíamos estar atentos. Sempre que puder vou informando. A notícia desta vez é que o Parlamento da Galiza elegeu uma mulher para Presidenta. Inédito nos 24 anos de funções que aquela câmara leva, improvável de suceder em Portugal dada a quase inexistência de mulheres no Parlamento português.
Dolores Villarino Santiago é de Xinzo de Limia, nasceu em 1945, pertence ao PsdeG e foi eleita com os votos do PSdeG e do BNG. Ah valente!!!

Daquela série cujo título é comprido demais

O Beijo, Gustav Klimt, 1907-1908

terça-feira, julho 19, 2005

Série especial "Esta merda anda tão entediante que ao menos podemos usar o espaço dos posts para distrair a vista"


Danae, Gustav Klimt, 1907-1908
[updated para corrigir uma gralha]

segunda-feira, julho 18, 2005

Economia e ambiente #2

Atento ao que o QnM diz, o Governo reagiu, lançando um concurso internacional para 1700 MW de energia eólica e justificando a medida - está lá tudo:

- apelo a investidores nacionais, de forma a não importar a tecnologia e a criar emprego;
- divisão do concurso em 3 fases, mutuamente exclusivas, para não concentrar regionalmente o investimento e para ter 2 concursos para grandes fornecimentos (grandes empresas) e 1 para pequenas iniciativas geograficamente distribuidas e que favorecem regiões mais pobres e despovoadas;
- maior grau de independência energética face ao exterior, com óbvias consequências (positivas) em termos de balança comercial e de vulnerabilidade às oscilações do dólar e do preço do petróleo;
- e, last but not least, um passo importante em matéria de estímulo à produção e utilização de energias renováveis e mais limpas.

Se calhar estou-me a impressionar com pouco, mas parece-me, definitivamente, um passo muito importante e na direcção certa!

sexta-feira, julho 15, 2005

Greve? Mas não no cinema.

Não tenho ADSE nem nenhum subsistema de saúde ainda mais privilegiado. Não sei quando é que me vou reformar. Tenho chefe. Não sou aumentado há quase três anos, qualquer dia a empresa recebe o prémio Constâncio para a contenção salarial (na qual o Banco de Portugal ao que parece não alinha).

Mas ainda assim estou aqui neste dia de mega-greve nacional para sugerir um cineminha. O filme chama-se Reinas, é uma comédia espanhola a deslizar para o non sense de almodovar e está em exibição no monumental (saldanha) às 19h e às 21h30. Recomendo vivamente. A página oficial para quem estiver interessado em sinopses e coisas do género está AQUI.

quinta-feira, julho 14, 2005

Liberté, Fraternité, Egalité

Foto roubada aqui

O mau exemplo dos candidatos

A cidade de Lisboa está enxameada de cartazes de propaganda política. Há anos. PS, BE, PSD, PCP, CDS, todos são culpados de forrar o Marquês, o Chiado, as Olaias, as Amoreiras, a Marginal e uma série de outros sítios de cartazes gigantescos, pirosos, incomodativos, inestéticos, mentirosos, excessivos e sobretudo inúteis. O BE, como se não bastasse, ainda cola centenas de cartazes de propaganda política e milhares de pequenos autocolantes nas paredes, nas cabinas telefónicas, nas montras e em tudo aquilo que não se mexa. Um nojo. E para quê? Serão muito eficazes?
Agora que nos aproximamos das eleições autárquicas um bom sinal de mudança seria haver um candidato, um que fosse, que se recusasse a entrar nessa jogada de tipografia inestética e poluidora. Mas não. Que legitimidade têm Carmona, Carrilho, Ruben de Carvalho, Sá Fernandes e Nogueira Pinto para lutar contra marquises, caixas de ar condicionado, cagadas de cão, focos de ruído e alterações de fachada quando nos obrigam a gramar com as caras feias deles durante meses a fio?

Vamos a isto Lisboa

O candidato do PSD à Câmara de Lisboa aparece aí numa série de cartazes a acabar de arregaçar as mangas, como quem está a preparar-se para trabalhar, sensação reforçada pelo slogan que acompanha a imagem e que é “Vamos a isto Lisboa”.
Não conheço muita propaganda política tão sincera. O que eu entendo quando olho para aqueles cartazes corresponde mais ou menos a uma confissão de que os últimos quatro anos foram um período em que Lisboa esteve parada. “Amigos, não fizemos nada de jeito até ao momento mas agora é que vai ser ah, agora é que vai ser! A sério, ah! Agarrem-me. Agarrem-me.”
A estratégia seguida pela campanha do PSD passa por desmarcar Carmona Rodrigues de Santana Lopes (que, caladinho que nem um rato, continua a ser o presidente, embora ninguém dê por isso). Acontece que Carmona Rodrigues está tão enterrado nesta trapalhada que foi este mandato autárquico quanto Santana Lopes. Porque se um abandonou a presidência da Câmara para ser primeiro-ministro, o outro não se tinha coibido de fazer o mesmo anteriormente para ascender ao cargo de ministro. Ambos voltaram à base ainda que se estejam a borrifar para a cidade. Aliás, os resultados são (in)visíveis com excepção de um jardim no Arco do Cego, asfalto novo em Almirante Reis (ainda que mal colocado), um túnel que me inferniza a vida e fanfarronice a rodos.
Resta saber se os lisboetas se acreditam nesta historinha do “agora é que vai ser” ou se pensam que os outros candidatos são ainda piores. A alternativa é chutar com estes gajos: o Carmona e o seu fantasma santanista mais as santanettes urbano-pacóvias que encheram a CML.

Precedentes

Muito se tem dito sobre o terrorismo.
Parece agora mais ou menos consensual que guardar informação de e-mails e chamadas telefónicas pode ser uma boa medida para poder dificultar o uso dos meios de comunicação globais pelos terroristas.
Pode ser, mas é também uma diminuição da liberdades que todos nós temos. Hoje é 14 de Julho e é com tristeza que constato que para fazer face ao terrorismo o nosso estilo de vida está à beira de lentamente começar a ser alterado.
Quando se fizer isto será aberto um precedente para a alteração dos hábitos e do modo de vida dos europeus - o que eu não posso deixar de considerar uma vitória dos terroristas. Não digo que tenha alternativa para questões destas, mas tenho pena de estar a viver o ponto de inflexão nas liberdades dos povos europeus.

Ironias do destino

O livro do blog destes senhores está a ser vendido na FNAC no mesmo expositor do último livro da Margarida Rebelo Pinto e de um outro autorado por Rita Ferro e Helena Sacadura Cabral que, se não me falha a memória, dá pelo nome de Querida Menopausa. O destino é sempre uma coisa do diabo...

quarta-feira, julho 13, 2005

As minhas semanas

terça-feira, julho 12, 2005

Arrastinho



Provavelmente já toda a gente viu o vídeo da Diana Andringa sobre o «arrastão» that never was. Eu já o vi e vi também, várias vezes, o pequeno vídeo que o acompanha, com a entrevista ao Comandante Metropolitano de Lisboa. A quem não os viu, recomendo que os veja e a quem já viu que os volte a ver. Nunca é demais expôrmos o nosso cérebro a temas que merecem a nossa reflexão.

O que me faz mais confusão em tudo isto, além do óbvio, que é o conteúdo do filme, é a ligeireza de todas as reacções: os orgãos de informação que criaram o «arrastão» that never was, mostraram um bocadinho do filme, tentaram linchar o Comandante da Polícia e passaram à notícia seguinte; os políticos que alinharam na história, calaram-se e foram de férias; das altas autoridades e outras que tais, nem um ui se ouviu...

Até ver, o único que se retratou e tentou explicar a versão verdadeira da coisa foi o Comandante (além do mea culpa em nome da classe feito por Adelino Gomes). E é na entrevista ao Comandante que se ouvem as frases mais perturbantes (também ouvidas na peça pela voz do Miguel Vale de Almeida, mas que na voz do Comandante ganham outra solenidade): nunca houve um arrastão; muito do que se vê nas fotos e que supostamente são «os jovens» (eufemismo para preto) a fugir com o que roubaram são «os jovens» a fugir da confusão com os seus haveres; e, provavelmente a mais perturbante frase de todas, quando tentou passar a verdadeira versão dos acontecimentos, ninguém lhe deu espaço para a expressar.

Como é que é possível que isto passe em claro? Como é que podemos confiar no que lemos depois destes acontecimentos?

Em minha opinião, isto é muito grave e merece não cair no esquecimento. Por isso, aqui ficam novamente os vídeos e a minha insistência no tema.

A direita segue as modas da esquerda?

num blog perto de si.

Economia e ambiente

Uma economia só é sustentável a prazo se for ecologicamente equilibrada.

Isto tanto é verdade se olharmos para o problema do ponto de vista de um ecologista, como se o fizermos do ponto de vista do contabilista. Porquê?

O défice da balança comercial com os países fora da União Europeia agravou-se 34,7 por cento, para 2159,4 milhões de euros, entre Janeiro e Maio de 2005, face a período homólogo, devido, principalmente, ao efeito da importação de combustíveis mais caros que há um ano, refere hoje o Instituto Nacional de Estatística (INE).

As importações aumentaram 14,7 por cento, para 4469 milhões de euros, em virtude do forte aumento (mais 57,7 por cento) das compras de combustíveis minerais, enquanto as exportações registaram um crescimento de apenas 0,7 por cento, para 2309 milhões de euros.

Portugal tem uma frente de Mar muito significativa, tem alguns rios com bons caudais, tem Sol todo o ano e tem Vento suficiente para poder pensar em explorá-lo. As fontes de energia renováveis existem e permitem-nos gozar de uma independência face às flutuações do preço do petróleo bastante confortável. Para isso é necessário que exista uma estratégia para as explorar.

Nos próximos dias vamos tentar voltar a este tema, para aprofundar como poderiamos explorar cada uma destas fontes de energia e para tentar perceber os tipos de aplicação possíveis e que impactos é que daí poderiam advir.

Pergunta de Algibeira

No Prós&Contras de ontem, um dos intervenientes proferiu as seguintes afirmações (citadas de memória):

- Portugal foi-se descaracterizando sucessivamente a todos os níveis. Perdeu a agricultura, as pescas, etc. e a imigração vai-nos fazer perder a nossa cultura e o nosso património

- A política de imigração nunca foi pensada e limitamo-nos a abrir as portas a toda a gente

- O que Alberto João Jardim disse não foi isso. O Governo Regional emitiu um comunicado a esclarecer, o embaixador chinês aceitou a explicação e não existe caso nenhum!

- Não podemos andar aqui a discutir propinas

- A educação em Portugal no pós-25 de Abril foi e é um fracasso

- Os professores não podem andar a fazer greves durante os exames

- Os magistrados não podem ter sindicatos

Sabendo que no debate estavam:

a) António Barreto
b) Arnaldo Matos
c) Adelino Gomes
d) Adriano Moreira

Quem é que terá proferido estas afirmações?

segunda-feira, julho 11, 2005

Santaputa

Blog muito bom este de seu nome Santaputa, de 'atos e fatos' made in Brazil (via Aviz).

Aqui fica um dos post menos hardcore e também por isso, menos característico, mas nem por isso menos bom.


Tipologia

Existem dois tipos de gente. Os punhetas e os resolutos.

Os primeiros vivem oitenta por cento da vida na imaginação. Matam os inimigos em imaginação. Viajam para lugares distantes. Veêm-se ricos, na hidromassagem. Mas são incapazes do ato. Igual na punheta. Vivem na fantasia.Os outros não.

E é nesse sentido que amo Che Guevara. Sua alma era grande. Viajou por terras distantes fazendo a revolução. Não interessa a causa, ele não era um barbichinha dessas faculdades de sociais, que só sabem pintar cartaz e falar mal do Bush. Nem esses direitóides, que só sabem falar mal da esquerda, e chupar o caduceu de Olavo de Carvalho.

Che, não. Tinha a alma maior do que o medo. Isso é homem. O resto é, no máximo, um célebre onanista.

quinta-feira, julho 07, 2005

post it


aquilo não era um papel amarelo autocolante. aquilo era uma ordem.


O post de entrada diz tudo. O José Mário Silva, do BDE(II), decidiu começar um projecto novo, com letra minúscula e tiradas minimais - curtas e incisivas. Os textos têm o tamanho e o conteúdo ideais para consumir naquelas pausas de 2 minutos para desanuviar a cabeça... E que desanuviada que fica!

Porquê? Existe um porquê?

Estive em Londres na semana passada por razões profissionais (alargadas a um fim-de-semana mais lúdico). Na Quinta-feira de manhã saí do hotel por volta das 8h30 para uma reunião na London Business School às 9h00. Apanhei o metro em Russel Square e em King’s Cross mudei para outra linha, em direcção a Baker Street. A data alternativa para a viagem tinha sido esta semana (HOJE), com o mesmo programa.




“21 confirmed fatalities following the blast at 0856 BST in a tunnel between King's Cross and Russell Square.”

Estou profundamente emocionado com o que sucedeu esta manhã porque me imagino naquele local. Porquê atacar inocentes? Aliás, inocentes de quê? Qual a razão desta barbárie? Há razão? O que querem e quem são eles? A que se deve tanta intolerância e tanto ódio? Estou chocado, sinto-me demasiadamente próximo de Londres.

Whatever happened...

O que aconteceu, ou está a acontecer, provavelmente só saberemos daqui a dias/semanas/meses...

Lembram-se de Madrid?

Mas o que quer que seja merece acompanhamento, preocupação e reflexão. Para tal, consultar, por exemplo, a BBC e a Sky. A cronologia da BBC é indispensável, para melhor compreensão dos eventos.

Comentários? Hoje não... deixem a poeira assentar...

ipsis verbis

Hoje somos todos ingleses

Um dos maiores perigos da guerra que está em curso são as pausas. Somos tentados a pensar que estamos em fase de tréguas e de repente os filhos da puta atacam. Essa falsa sensação provoca adormecimento e tolerância perante não só o inimigo, mas também com os seus aliados que vivem entre nós e que entre dois whiskies descobrem razões para estes actos de guerra.
Só podemos ser tolerantes com outros modos de vida quando não pretendem pôr em causa o nosso. Estamos em guerra e quem neste momento não está connosco, está contra nós.

[Pedro Marques Lopes]

n'O Acidental


Não tenho dúvidas que os assasinos que fizeram isto não merecem qualquer compaixão, compreensão ou qualquer outra coisa boa. Como não mereceram aqueles que perpetraram o 9/11 em Nova York e o 11-M em Madrid.
No entanto este 'nós' é que não estou muito bem a ver quem é que é.
Eu não estou em guerra, e portanto acho que estou contra esse 'nós' - as guerras travam-se entre nações. Mesmo que sejam árabes por trás destes bárbaros ataques, eu continuo a não estar em guerra com o mundo árabe. Estou, certamente, no encalço das organizações terroristas, sejam elas de onde forem, venham elas por onde vierem (esquerda, direita, extremas ou centro).

Corações ao alto

Londres, a seguir pelas palavras de Fernando Albino No Quinto dos Impérios.

quarta-feira, julho 06, 2005

A problemática do chanato

Diz quem sabe dos pequenos cogumelos que crescem nos pés que é saudável andar de chanato ventilado.

E o que é mais ventilado que uns chinelos (sandálias segundo o gnomo que mora lá em casa) usados em Lisboa? Pouco, estou certo. Só se forem usados em Tarifa ou na praia do Guincho.

Por isso mesmo (e também porque me dá muito trabalho a baixar-me para calçar meias) ando sempre com o belo do chanato coupé.

O único problema com que me deparo nesta minha missão de trazer os pés saudáveis é a terrível incompetência dos homens das obras que assombram Lisboa, que nunca limpam os passeios daquelas areias, britas e pedregulhos afins que usam para poupar no cimento. Estes têm uma atracção quasi-magnética para os meus pés.

Se quando estou no passeio facilmente faço aquele movimento de cão que se está a coçar e liberto o inerte que transporto a mais, já quando estou a atravessar uma passadeira já é mais complicado pedir ao louco que se dirige a mim a 100 km/h para parar. Assim, só me resta atravessar aquela passadeira que nunca mais acaba em frente à Culturgest em trejeitos de manco, evitando assim a entrada do calhau na minha corrente sanguínea.

Tudo a bem da saúde dos pés, claro está.

terça-feira, julho 05, 2005

Post que eu gostava de ter escrito #6

Na República das bananas #2

Alberto João Jardim defendeu que “Portugal já está sujeito à concorrência de países de fora da Europa”, havendo ainda “os chineses que estão a entrar por aí dentro, os indianos a entrar por aí dentro e os países de Leste a fazer concorrência”, afirmou. E face a um sinal da plateia que se referia à presença destes imigrantes, Jardim não cedeu e perguntou: “Está-me a fazer sinal porquê? Estão aí chineses? É mesmo bom para eles ouvirem porque eu não os quero aqui”, reiterou.

Face a este tipo de declarações (sobre as quais nem vale a pena discutir, porque daqui pouco mais se poderá esperar), o que mais me perturba é a impassividade do Presidente da República e dos sucessivos Presidentes do PSD, que se limitam a demarcar-se sucessivamente das atoardas proferidas pelo bicho, sem sequer lhe endereçarem a mais pequena repreensão pública. Aliás, não só não o fazem, como assim que chegarmos a novo período eleitoral, lá vão eles em filinha, ao beija-mão e à foto do abraço, para pedinchar mais meia dúzia de votos ao eleitorado madeirense. E, enquanto assim for, o bicho lá vai, cantando e rindo e agindo como se a democracia portuguesa não fosse mais que uma extensão do seu quintal... Não se poderia aproveitar a deixa para lhe fazer a vontade e fechar-lhe as fronteiras (e, já que estamos com a mão na massa, o off-shore também...)? No mínimo, não poderiamos aproveitar para impedir que ele saia da ilha?... Se lá lhe acham graça, que fiquem com ele em exclusivo!

P.S.: Foto roubada a'O Jumento

Na República das bananas

segunda-feira, julho 04, 2005

Dois anos de areia nas virilhas

Como ontem, apesar do sol e do calor, fiquei por casa a trabalhar um bocado, nem me apercebi que A Praia fazia anos!

Apesar do narcisismo ser um exercício essencialmente privado, este, felizmente, é público. E, neste caso particular, eu assumo-me como voyeur! Abraço!

sexta-feira, julho 01, 2005

A lista

Há vida para além do défice #1

Não sendo este post, infelizmente, sobre Portugal, serve de post inaugural da série "Há vida para além do défice" por tudo aquilo que encerra. Feita a introdução, passemos ao que cá nos traz:

Ser de esquerda é, em minha opinião, mais que um qualquer conjunto de posições no domínio da economia, uma atitude face à vida e às relações entre seres vivos e entre estes e o ambiente.

É assim que eu sou de esquerda.

Ontem, Espanha foi de esquerda! A classe política deu voz à maioria da sociedade espanhola e optou por uma via complicada de ruptura com o status quo, aprovando a lei que permite o casamento e a adopção aos homossexuais.


Como qualquer outra ruptura, esta decisão provocará cisões e fricções, mas coloca indubitavelmente Espanha na frente de um processo de inegável mudança civilizacional, lado a lado com a Bélgica, a Holanda (um exemplo de um país com atitude de esquerda, conforme definição acima, apesar de normalmente votar conservador) e, proximamente, o Canadá.

Argumentarão alguns que muitos dos impactos e consequências desta decisão, principalmente no campo da adopção, só no futuro serão conhecidos e que podem existir alguns efeitos indesejados no processo. É verdade. Essa é uma das características da mudança: a imprevisibilidade de alguns dos efeitos. Não é, no entanto, argumento para a não-mudança.

Espanha, a esquerda espanhola e todos aqueles que não sendo de esquerda, partilham dessa propensão para a transformação, proporcionaram-me ontem um daqueles momentos em que nos sentimos orgulhosos e arrepiados, ao ver um conjunto de pessoas, com as suas decisões e atitudes, contribuir para criar um mundo melhor.

Aqui ficam algumas das passagens de um artigo do El Mundo sobre o tema:

La gran mayoría de las fuerzas políticas han querido subrayar el paso 'histórico' en el camino de la libertad, la igualdad y la tolerancia que hoy da España al permitir el matrimonio entre personas homosexuales y ofrecer la posibilidad de adoptar niños.

...

El jefe del Ejecutivo, en su defensa de la ley, ha querido destacar que España es desde hoy "un país más decente, porque una sociedad decente es aquella que no humilla a sus miembros". Zapatero manifestó, asimismo, su respeto por las personas e instituciones que no apoyan la iniciativa de su Gobierno.

A ver, também, esta página, que ilustra os principais momentos do dia.

The $100 laptop project

Pode-se ler mais aqui sobre esta iniciativa desenvolvida pelo M.I.T. para produzir computadores portáteis por 100 (cem) dólares a serem distribuídos às crianças em países como a China, Brasil, entre outros.

A ciência ao serviço da evolução humana.