Génération perdue
Aí por volta dos meus 17 anos alguém (penso que o Vicente Jorge Silva, na época director do Público) apelidou a minha geração de “rasca”. A Geração Rasca, acusavam então os cotas. Confesso que nunca me senti afectado, a minha identificação com grupos aos quais não escolhi pertencer nunca foi muito forte.
Mas ficou-me marcada a ideia. O curioso é que à medida que os anos iam passando fui descobrindo que muitas gerações têm tendência a considerar as seguintes como sendo de “qualidade inferior”. Esta descoberta fez-se através da literatura. Os exemplos são mais que muitos. O assunto é recorrente, em livros de diferentes autores, épocas e lugares. Estou agora a ler “Paris é uma festa” do Hemingway e a uma certa altura uma tal de Miss Stein acusa os jovens que combateram na I Guerra Mundial de serem uma “génération perdue”.
Estou em crer que afinal quem tinha razão era o Camões quando falava dos Velhos do Restelo...
Mas ficou-me marcada a ideia. O curioso é que à medida que os anos iam passando fui descobrindo que muitas gerações têm tendência a considerar as seguintes como sendo de “qualidade inferior”. Esta descoberta fez-se através da literatura. Os exemplos são mais que muitos. O assunto é recorrente, em livros de diferentes autores, épocas e lugares. Estou agora a ler “Paris é uma festa” do Hemingway e a uma certa altura uma tal de Miss Stein acusa os jovens que combateram na I Guerra Mundial de serem uma “génération perdue”.
Estou em crer que afinal quem tinha razão era o Camões quando falava dos Velhos do Restelo...
1 Comments:
Tenho 54 anos e estou plenamente de acordo contigo.
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