segunda-feira, outubro 31, 2005

Vendemos?


My blog is worth $7,903.56.
How much is your blog worth?



Ou metemo-nos primeiro em acesas polémicas com uns quantos blogs de grande audiência, para valorizar o tasco e maximizar a mais-valia na venda?

sexta-feira, outubro 28, 2005

Abraço

A associação Abraço está a recolher alimentos e produtos de higiene no supermercado do El Corte Inglés. Não sei se está noutros, mas pelo menos neste está.

Se quiserem e poderem passem por lá e comprem qualquer coisa que lhes (e nos enquanto sociedade) faça falta.


quarta-feira, outubro 26, 2005

Música por uma Cultura de Inconformismo #2

O Mané Galinha (o gajo quer-se chamar Seu Jorge, mas eu olho para ele e vejo sempre o grande Mané Galinha) escreveu uma música que além de dar que pensar, assenta que nem uma luva na rúbrica que nos propusémos manter.

O tema é forte, a letra é radical e, por isso, controversa e a atitude é a que, por vezes, nos falta!

O disco (Cru) é muito bom e esta música em particular, que fica a acompanhar o QnM nos próximos dias, é fantástica! Aqui fica a letra:

SEU JORGE
Eu sou Favela
(Noca da Portela/Sérgio Mosca)
A Favela, nunca foi reduto de marginal
A Favela, nunca foi reduto de marginal
Ela só tem gente humilde, marginalizada
E essa verdade não sai no jornal
A Favela é, um problema social
A Favela é, um problema social
Sim, mas eu sou Favela
E posso falar de cadeira
Minha gente é trabalhadeira
E nunca teve assistência social
É mas só vive lá
Porque gente pobre não tem outro jeito
Apenas só tem direito
A um salário de fome e uma vida normal.

terça-feira, outubro 25, 2005

Miguel, pá!

Parece que já excedeste os dias de greve marcados sem envio de novo pré-aviso.

Não me digas que vais meter baixa?...

segunda-feira, outubro 24, 2005

A verdade e a verosimilhança

Andava há dias a tentar passar para palavras inteligíveis uma sensação que me tem atormentado nos últimos meses e que nos últimos dias se tornou mais forte.

Afinal, parece que a Ana Sá Lopes já o fez, no Público de ontem, obviamente com muito maior clareza e acutilância do que eu alguma vez poderia almejar...

O texto está n'A Praia e eu, com licença do Ivan, faço minhas as palavras dele! Esta dialéctica verdade/verosimilhança, a que eventualmente voltarei, é objectivamente verdade nesta questão, mas também noutras, sobretudo naquelas aparentes divergências PSD/PS, como são a questão dos Jobs for the Boys, a do Orçamento, etc..

A desenvolver no futuro (ou então não...).

sexta-feira, outubro 21, 2005

Post que eu gostava de ter escrito #8 e #9

Mais duas pérolas do José Mário Silva:

gravata
a gravata é o ponto de exclamação (invertido) dos homens cinzentos.

long distance call
de cada vez que atendia o telemóvel tinha a secreta esperança de ouvir a voz, há tantos anos desaparecida, do seu amigo imaginário.

Música por uma Cultura de Inconformismo #1

Lançando uma vez mais mão da nossa vocação de serviço público, inauguramos mais uma rúbrica no QnM, que, como todas as outras, se supõe regular, mas cujo tempo de vida será determinado pelas circunstâncias. Ou seja, apesar de este ser o #1 e como nós somos uns gajos um bocado indisciplinados, nada obriga a que venha a exisitir o #2... On verra!

Como é óbvio, esta rúbrica será sempre acompanhada pela própria da música, no cantinho lá em cima, como que a servir de banda sonora do blog.

Pelo que me informaram, se quiserem sacar a música e ficar com ela, é bem fácil: basta abrir o Temporary Internet Files depois de a ouvirem, que o ficheiro está lá... é só guardá-lo! (desculpem o incentivo à pirataria, mas tratando-se de uma música apenas, podemos até considerá-la uma degustação e um incentivo à compra - mais que piratas, somos uns bons samaritanos que divulgam gratuita e desinteressadamente música de diversos artistas!)

Para inaugurar o tópico, nada melhor que recorrer a um clássico. Uma daquelas peças que fez sentido no seu momento e que fará sentido para sempre:

Bob Marley
Redemption Song
Old pirates, yes, they rob I;
Sold I to the merchant ships,
Minutes after they took I
From the bottomless pit.
But my hand was made strong
By the 'and of the Almighty.
We forward in this generation
Triumphantly.
Won't you help to sing
These songs of freedom? -
'Cause all I ever have:
Redemption songs;
Redemption songs.
Emancipate yourselves from mental slavery;
None but ourselves can free our minds.
Have no fear for atomic energy,
'Cause none of them can stop the time.
How long shall they kill our prophets,
While we stand aside and look? Ooh!
Some say it's just a part of it:
We've got to fulfil de book.
Won't you help to sing
These songs of freedom? -
'Cause all I ever have:
Redemption songs;
Redemption songs;
Redemption songs.
Emancipate yourselves from mental slavery;
None but ourselves can free our mind.
Wo! Have no fear for atomic energy,
'Cause none of them-a can-a stop-a the time.
How long shall they kill our prophets,
While we stand aside and look?
Yes, some say it's just a part of it:
We've got to fulfil de book.
Won't you help to sing
Dese songs of freedom? -
'Cause all I ever had:
Redemption songs -
All I ever had:
Redemption songs:
These songs of freedom,
Songs of freedom.

Credo!!!

No pior blog que me lembro de alguma ter visto, Marcelo Rebelo de Sousa e Cia. respondem com isto a isto.

Só não me parece um blog do início dos anos 80 porque nessa altura não havia blogs...

Discorrências

Nunca gostei do sebastianismo... sempre me pareceu um dos aspectos mais deprimentemente conformistas da sociedade portuguesa!

Sempre que assisto à repetição do fenómeno, perco um bocadinho mais da fé que tenho de que um dia a sociedade portuguesa se vai libertar de si própria, dos seus fatalismos e dos seus preconceitos e caminhar em direcção a algo diferente, arrojado, disruptivo...

Nós não precisamos de alguém que nos salve e nos conduza; precisamos é de sair da letargia, de nos emanciparmos e de tomarmos em mãos o nosso futuro!

O retorno de Cavaco

Goste-se ou não, Cavaco está muito perto de limpar as presidenciais à primeira volta. Está-o por duas razões fundamentais. A primeira é porque corresponde exactamente ao que os portugueses querem para a presidencia da República – fez o trabalho de casa e apresenta-se como o tipo que sabe de finanças, que não vai fazer cair nenhum governo só porque é da oposição, que não tem qualquer filiação com o partido, que até usa gravata vermelha quando é necessário, que sabe o que é a necessidade de estabilidade e que aposta, logo no discurso de abertura, nos jovens porque sabe que é o target onde tem menos apoiantes. A segunda razão prende-se com o facto de à esquerda não haver nada de novo – Soares está velho (e o povo compreende isso), Alegre é um idealista que escreve muito bem (já para presidente...), Jerónimo e Louçã esperam apenas o timming certo para desistirem em simultâneo.

O povo não é burro. Vota quando tem de votar em quem é melhor ou, pelo menos, menos mau. Santana é disso um exemplo – quando foi necessário pôr o Santana a andar o povo votou em Sócrates. É, claramente, este o caso. O povo compreende que para o país, mas até para Sócrates, é preferível ter Cavaco como presidente do que ter Soares e estou certo que o vão demonstrar nas urnas.

Eu vou votar em branco.

quinta-feira, outubro 20, 2005

Temos presidente




Agora sim, já sei em quem é que vou votar.

Vieira a presidente!

quarta-feira, outubro 19, 2005

De leitura indispensável

O senhor professor é um providencial, do Pedro Vieira

Só para deixar claro qual é a temática, aqui fica uma citação: "... já começa a ser modesto dizer que o senhor professor anda a ser levado ao colo pelos media. Não só lhe dão colo como também já lhe dão de mamar...". E com a citação, fica também a minha subscrição!

terça-feira, outubro 18, 2005

Portugal é mesmo esquisito

Sempre soube que, em geral, os políticos portugueses não tinham tomates para fazer o que quer que fosse que pudesse mexer com os direitos adquiridos pelos mais variados trabalhadores. Ainda que fossem de direita como aconteceu com os dois últimos governos.

O Sócrates, seja lá porque é obrigado pela UE (e nesse caso ainda me fazem agradecer ao Mário Soares por lá nos ter metido), seja porque não há, de facto, outra forma de dar a volta à questão, mexe (o que é necessário, claro está, e não mais) e logo estrebucham os trabalhadores. Com greves, claro, de acordo com o seu direito que eu não contesto - mas com as quais, regra geral não concordo.

Mas a verdade, verdadinha, é que o Sócrates teve coragem para fazer o que seria de esperar de governos de direita, que estiveram lá e nada fizeram. E o que faz a direita? Assobia para o lado para não discutir o OE e debate as presidenciais...

Esquisito este país...



P.S. E este gajo, quem é que o interna?

Igualdade? Era o que mais faltava!

Que alguns grupos e corporações nacionais se sintam nos dias que correm lesados pela retirada de direitos, regalias e benesses eu até entendo ainda que na maioria dos casos não concorde. Infelizmente não faltam por aí situações de mamadeira mascaradas (e descaradas!) de honorabilidade. Que centrais sindicais e partidos políticos cujo objectivo é a defesa dos trabalhadores (todos) sejam contra a igualdade de direitos desses mesmos trabalhadores é que me custa a entender. É verdade que o sistema nacional de saúde e a segurança social não são famosos. Mas em vez de defender a manutenção de um sistema de castas, por que não exigir a melhoria dos sistemas de acesso universal? Para fazer a (necessária e óbvia) diferenciação de trabalhadores existem os salários. Os sistemas de apoio social não deviam ter como objectivo substituir-se ou complementar as políticas remunerativas. Eu entendo-os como mecanismos de apoio à doença, à velhice e às situações de maior fragilidade dos indivíduos que não deveriam olhar ao rendimento dos beneficiários. Aliás, não é por isso mesmo que há tanta gente contra os sistemas privados?

É que eu tenho ouvido cada coisa que até fico com os cabelos em pé. Gente de esquerda? A minha esquerda não é a que defende o seu tacho a todo o custo. A minha esquerda tem preocupações que vão além do interesse próprio. A minha esquerda é mais igualitária e menos classista e defensora do status quo. Não é isso a direita? A minha esquerda propõe soluções e não problemas. Tenho muita pena que tenhamos chegado a este ponto.

sexta-feira, outubro 14, 2005

E eu enganado uma vida inteira pela minha mãe...

quinta-feira, outubro 13, 2005

Da ausência...

Na Segunda e na Terça estive em choque pelos resultados eleitorais. Sobretudo pelos do Porto! Vou começar a cortar nas tripas, parece que têm efeitos secundários graves.

Na Quarta e na Quinta faço greve ao blogue por solidariedade com os enfermeiros e os funcionários públicos em geral: afinal o QueimadonoMomento não é um serviço público? Que injustiça, cum caneco! Também me quero reformar aos 60. Vou iniciar negociações aqui com o patronato a ver que tal me saio... E vou tentar que caiam também nisso das 20 horas semanais que eu ando com problemas de inspiração. Tanto trabalho embrutece-me. Ah, e também quero um subsistema de saúde só para mim, assim tipo um médico ao meu lado 24 horas por dia (neste momento só passo 10 horas por dia com o meu médico, o que é manifestamente insuficiente). Vou pensar ainda numa proposta para as férias (tipo judiciais), nuns serviços sociais com unidades hoteleiras nas principais cidades do mundo... Acho que vou ter de trabalhar muito para fazer uma proposta razoável e equilibrada.

Talvez amanhã volte às lides, se tiver tempo...

Alguns barnabitas

Espionagem

terça-feira, outubro 11, 2005

As eleições - um comentário




























segunda-feira, outubro 10, 2005

As eleições

O entediante período eleitoral que atravessámos não me merece grandes comentários.

Além dos factos óbvios e debatidos até à exaustão ontem e hoje - o PSD ganhou, o PS perdeu, os candidatos da lista de arguidos ganharam quase todos, etc. -, apenas a relativamente inesperada recuperação da CDU de um número significativo de Câmaras na região de Lisboa e Vale do Tejo me parece digna de registo.

Existirão mais coisas a comentar, mas, confesso, nada me despertou o mínimo interesse, num período eleitoral que foi tão desenxabido que só poderia culminar naquele penoso espectáculo televisivo que os diversos canais deram ontem, onde à falta de assunto natural ainda se juntou, para ajudar, a inexistência de informação vinda do STAPE até altas horas, por avaria nos computadores do mesmo (já alguém explicou o que aconteceu? eu ainda não ouvi nada, mas também não procurei...).

Lá pagaram os autarcas do PS pelos pecados do Governo (como se o dito tivesse a ver com as calças); lá rejubilou o líder da oposição com a vitória e, sobretudo, com o «cartão amarelo às políticas do Executivo» (que seriam certamente semelhantes se quem lá estivesse fosse ele...); lá ganhou outra vez o CDS/PP porque os votos da coligação também são seus (apesar de fora da coligação ter sido literalmente arrasado um pouco por todo o país); lá não perdeu totalmente o PS porque comparando com as últimas eleições, até nem foi muito pior (quando as últimas análogas já tinham sido do pior que lhes tinha acontecido); e por aí fora...

Enfim... no meio disto tudo só houve um acontecimento que me deixou verdadeiramente interessado:

No famoso rodapé dos telejornais, onde vai não vai acontecem coisas do mais escabroso (do género acompanhar as imagens de uma cidade destruída por uma intempérie com uma Breaking News do género «a actriz X separou-se do modelo Y - saiba tudo sobre o acontecimento do dia já a seguir»), passavam desta vez uma série de informações eleitorais para todos os gostos. Numa delas podia-se ler:

«Sócrates votou na Covilhã»

E pergunto eu: há quantos anos é que o homem vive na Rua Castilho?! Ando eu aqui com a alma atormentada porque no BI ainda sou solteiro e moro em casa da mamã e do papá (facto que me fez ir votar ao Concelho de Cascais, em vez de votar em Lisboa, onde resido actualmente) e afinal o Primeiro Ministro também ainda não actualizou os papéis dele?!? Que raio de exemplo é este? Melhor só mesmo o Major, que diz que Gondomar é dos Gondomarenses e vota no Porto...

P.S. É verdade... esquecia-me de uma outra coisa que me fez pensar nestas eleições: depois de ouvirmos tanta história sobre o cartão amarelo, o castigo, a mudança, etc., o tom geral dos comentários das pessoas, tanto na noite de ontem, como na manhã de hoje (no Forum TSF, por exemplo), era de total desencanto e falta de fé. Practicamente toda a gente dizia que tinha sido um castigo ao Governo, mas que até considerava que as medidas deste eram corajosas e tinham que ser tomadas (de preferência sem tocar no bolso de quem fala, depreendo eu) e ninguém mostrava a mínima esperança em que votar num ou noutro significasse que daqui a 4 anos estaria melhor. Esta desilusão e esta descrença parecem-me ser os factores que melhor ilustram o acto eleitoral de ontem e que piores sinais nos deixam para os próximos anos.

sexta-feira, outubro 07, 2005

Último dia de campanha

Chegados ao último dia de campanha, sinto-me na obrigação de partilhar com todos os nossos 3 leitores algo que deu um contributo decisivo para o meu voto no próximo domingo - trata-se de uma música do Boss AC (Farto de...), que vos disponibilizamos na secção audio aqui do tasco.

Aconselhamos vivamente a audição sucessiva e sem intervalos desta música ao longo de todo o dia de reflexão que amanhã nos aguarda, já que contém várias pistas sobre o que é de valorizar nas candidaturas que se apresentam.

Com licença do AC e pedindo desde já desculpa a quem se possa atemorizar pela crueza do vocabulário (ou, em inglês, Pardon my French!), aqui ficam as sábias palavras do Boss, para uma melhor apreensão do conteúdo:
FARTO DE…

Farto de ser o culpado sem ter culpa de nada
Ser rejeitado farto de conversa fiada
Farto deste sistema de merda que nos engole
Farto destes políticos a coçar colhões ao sol
Farto de promessas da treta
Sobem ao poder metem as promessas na gaveta
Farto de ver o país parado como uma lesma
Ver as moscas mudarem e a merda ser a mesma
Farto de os ver saltar quando os barcos naufragam
Quanto mais tiverem melhor, menos impostos pagam
Farto de rir quando me apetece chorar
Farto de comer calado e calado ficar
Farto das notícias na televisão
Farto de guerras, conflitos, fome e destruição
Farto de injustiças, tanta desigualdade
Cegos sao os que fingem que não veem a verdade
E eu tou farto...

Racismo, Guerra, Injustiça, Fome, Desemprego, Pobreza
E eu tou farto
Mentiras, Traição, Inveja, Cinismo, Maldade, Tristeza
E eu tou farto
Racismo, Guerra, Injustiça, Fome, Desemprego, Pobreza
E eu tou farto
Mentiras, Traição, Inveja, Cinismo, Maldade, Tristeza
Já chega...

Farto de miséria , o povo na pobreza
Uns deitam a comida fora, outros não a têm à mesa
Farto de rótulos, estigmas e preconceitos
Abrir os olhos e ver não temos os mesmos direitos
Farto de mentiras, farto de tentar acreditar
Farto de esperar sem ver nada a melhorar
Farto de ser a carta fora do baralho
Farto destes cabrões neste sistema do caralho

Ver roubar o que é nosso, impávido e sereno
Ser acusado de coisas que eu próprio condeno
Farto de ser político quando só quero ser mc
Nao te iludas ninguém quer saber de ti
Todos falam da crise mas nem todos a sentem
Muitos com razão, mas muitos deles apenas mentem
Crimes camuflados durante anos a fio
Tavam lá todos eles mas ninguém viu
Nao foi ninguém, ninguém fez nada,
E se por acaso perguntarem ninguém diz nada
Farto de ver intocáveis sairem impunes
Dizem que a justiça é para todos mas muitos são imunes
Dois pesos, duas medidas
Fazem o que fazem seguem com as suas vidas
Para o povo nao há facilidades
E os verdadeiros criminosos do lado errado das grades

Bom dia de reflexão e bom voto - consciente, reflectido e livre!

Ainda bem que há eleições para ver quem tem razão

quinta-feira, outubro 06, 2005

A Câmara que não gosta de nós

O executivo municipal que está de saída em Lisboa (espera-se) tem alergia à diferença. Bem, para ser mais claro, o Santana, o Carmona e o resto da pandilha não gostam de paneleiros. Nos últimos quatro anos foram vários os episódios que me permitem fazer esta afirmação sem incorrer em qualquer tipo de injustiça política.

1) O Festival de Cinema Gay e Lésbico deixou de contar com qualquer apoio financeiro por parte da CML que deixou também de ceder o espaço. Aliás, no mesmo sítio (o Fórum Lisboa) e momento (Setembro) em que se realizava o festival passou a realizar-se o Festival de Cinema da América Latina. A Câmara deixou de dar apoio porque queria que o Festival de Cinema Gay e Lésbico mudasse de nome e se passasse a chamar Festival de Cinema da Diversidade. Assim sendo, o festival só se realiza devido ao apoio do ICAM, do Cinema Quarteto, de algumas marcas patrocinadoras como a Red Bull e do Instituto Cervantes, do Goethe Institut, do British Council e do Institut Franco-Portugais. Pasmem-se, são os estrangeiros que nos apoiam! A Câmara de Lisboa não gosta de paneleiros.

2) O Arraial Pride que decorre no último fim-de-semana de Junho e que na gestão Soares se começou por realizar no Príncipe Real e depois passou para a Praça do Município foi corrido para o Parque do Calhau, ali para as bandas de Monsanto. Um espaço nobre da cidade não é digno de receber paneleiros, está bem de ver. Parece mal.

3) No último Sábado de Junho costuma realizar-se um desfile de todas as associações LGBT na Avenida da Liberdade. Santana Lopes tentou impedi-lo no ano passado, mesmo não tendo poderes para tal, alegando perturbação do trânsito. Felizmente o Governo Civil não foi na cantiga. O mesmo Santana que não se importava de perturbar o trânsito para a realização de provas desportivas. Correr e saltar é, pelos vistos, mais importante que reivindicar direitos.

A perseguição ao movimento LGBT é apenas uma face do comportamento desta equipa. Este executivo camarário foi o pior que podia acontecer à cidade. As desarticuladas políticas provincianas tomadas por Santana e Carmona fizeram a cidade parar. Entretanto, os outros avançam. Se a Câmara do Porto não fosse dirigida por outro pacóvio até os tripeiros já nos tinham passado à frente. E que tal se no Domingo nos despedíssemos em grande destes tipos?

quarta-feira, outubro 05, 2005

Falta de chá

Na passada Segunda-feira escrevi sobre o nível do debate político em Lisboa. Aquelas palavras eram recicladas de uma mensagem de correio electrónico que tinha enviado para as candidaturas de Manuel Maria Carrilho (PS) e de Carmona Rodrigues (independente/ amigo do Santana/ PSD) alguns dias antes.

Eu sei que ainda faltam 2 ou 3 dias para a campanha terminar mas até ao momento só recebi uma resposta do PS que transcrevo de seguida. Na campanha laranja/ independente/ santanista reciclada não se preocupam muito com isso.

Caro Amigo, estou a responder-lhe em nome da Candidatura de Manuel Maria Carrilho que, nestas duas semanas antes de 9 de Outubro, vai estar totalmente absorvido pelas acções de campanha.
Contrariamente à imagem pública que infelizemente tem passado, a nossa candidatura tem dedicado toda a sua energia a preparar uma proposta de valor que possa Mudar Lisboa e dar resposta aos inúmeros problemas que continuam a afligir a nossa Cidade.
Se tiver oportunidade de consultar o nosso Programa, actualemente disponível no site da Candidatura, poderá confirmar esta nossa afirmação.
Queremos no entanto pedir-lhe desculpa por esta má imagem, mesmo sabendo que a nossa intenção sempre foi e sempre será discutir as propostas para Lisboa.
O dilema que se apresenta para dia 9 é de Mudar Lisboa ou continuar com a gestão dos últimos 4 anos e a Mudança só vai ser possível com Manuel Maria Carrilho à frente do executivo Autárquico.
Quero terminar agradecendo as suas palavras que nos devem motivar para melhorar a nossa imagem pública nestas duas semanas que nos restam.
obrigado e cumprimentos
João Matias
em nome da Candidatura de Manuel Maria Carrilho

terça-feira, outubro 04, 2005

Sobre os Nobel

Medir a qualidade das universidades pelos número de prémios Nobel é de facto uma boa aproximação a uma boa forma de ordenar qualidade.

No entanto, convém não esquecer que aquele que foi, provavelmente, o mais brilhante de todos os físicos ganho o seu prémio Nobel pelo "Estudo do efeito fotoeléctrico" e não pela Teoria da Relatividade que, essa sim, revolucionou a ciência em pleno século XX.