terça-feira, dezembro 14, 2004

A ameaça chinesa regula-se

O mundo da gestão e da economia é de quando em quando abalado por uma moda qualquer que passado pouco tempo desaparece sem deixar vestígio. Aqueles que antes lançavam a boa nova ou o pânico vêm dizer que estava na cara que a moda era insustentável e passa-se para a mania seguinte como se nada fosse.

Foi assim com a invasão japonesa nos anos 80 ou com a especulação em redor das novas tecnologias nos 90. Hoje é a ameaça chinesa de que se fala. Sem deixar de estar atento a esta situação, parece-me demasiado alarmista pregar o fim da Europa. Antes disso ou a China há-de rebentar, ou os liberais Europeus hão-de impor normas ou mesmo quotas em determinados sectores como fazem com a agricultura ou os EUA fazem com o aço. O liberalismo é só quando convém, já se sabe.

No próximo dia 1 de Dezembro o sector têxtil é liberalizado e em muitas regiões europeias os sinos tocam a rebate. Antecipando a imposição por parte dos países desenvolvidos de mecanismos de limitação das importações - como os controlos de qualidade (certificação) -, as autoridades chinesas decidiram criar uma taxa sobre as exportações têxteis.

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La Chine annonce qu'elle va instaurer une taxe sur les exportations textiles