Há vida para além do défice #1
Não sendo este post, infelizmente, sobre Portugal, serve de post inaugural da série "Há vida para além do défice" por tudo aquilo que encerra. Feita a introdução, passemos ao que cá nos traz:
Ser de esquerda é, em minha opinião, mais que um qualquer conjunto de posições no domínio da economia, uma atitude face à vida e às relações entre seres vivos e entre estes e o ambiente.
É assim que eu sou de esquerda.
Ontem, Espanha foi de esquerda! A classe política deu voz à maioria da sociedade espanhola e optou por uma via complicada de ruptura com o status quo, aprovando a lei que permite o casamento e a adopção aos homossexuais.
Como qualquer outra ruptura, esta decisão provocará cisões e fricções, mas coloca indubitavelmente Espanha na frente de um processo de inegável mudança civilizacional, lado a lado com a Bélgica, a Holanda (um exemplo de um país com atitude de esquerda, conforme definição acima, apesar de normalmente votar conservador) e, proximamente, o Canadá.
Argumentarão alguns que muitos dos impactos e consequências desta decisão, principalmente no campo da adopção, só no futuro serão conhecidos e que podem existir alguns efeitos indesejados no processo. É verdade. Essa é uma das características da mudança: a imprevisibilidade de alguns dos efeitos. Não é, no entanto, argumento para a não-mudança.
Espanha, a esquerda espanhola e todos aqueles que não sendo de esquerda, partilham dessa propensão para a transformação, proporcionaram-me ontem um daqueles momentos em que nos sentimos orgulhosos e arrepiados, ao ver um conjunto de pessoas, com as suas decisões e atitudes, contribuir para criar um mundo melhor.
Aqui ficam algumas das passagens de um artigo do El Mundo sobre o tema:
La gran mayoría de las fuerzas políticas han querido subrayar el paso 'histórico' en el camino de la libertad, la igualdad y la tolerancia que hoy da España al permitir el matrimonio entre personas homosexuales y ofrecer la posibilidad de adoptar niños.
...
El jefe del Ejecutivo, en su defensa de la ley, ha querido destacar que España es desde hoy "un país más decente, porque una sociedad decente es aquella que no humilla a sus miembros". Zapatero manifestó, asimismo, su respeto por las personas e instituciones que no apoyan la iniciativa de su Gobierno.
A ver, também, esta página, que ilustra os principais momentos do dia.
Ser de esquerda é, em minha opinião, mais que um qualquer conjunto de posições no domínio da economia, uma atitude face à vida e às relações entre seres vivos e entre estes e o ambiente.
É assim que eu sou de esquerda.
Ontem, Espanha foi de esquerda! A classe política deu voz à maioria da sociedade espanhola e optou por uma via complicada de ruptura com o status quo, aprovando a lei que permite o casamento e a adopção aos homossexuais.
Como qualquer outra ruptura, esta decisão provocará cisões e fricções, mas coloca indubitavelmente Espanha na frente de um processo de inegável mudança civilizacional, lado a lado com a Bélgica, a Holanda (um exemplo de um país com atitude de esquerda, conforme definição acima, apesar de normalmente votar conservador) e, proximamente, o Canadá.
Argumentarão alguns que muitos dos impactos e consequências desta decisão, principalmente no campo da adopção, só no futuro serão conhecidos e que podem existir alguns efeitos indesejados no processo. É verdade. Essa é uma das características da mudança: a imprevisibilidade de alguns dos efeitos. Não é, no entanto, argumento para a não-mudança.
Espanha, a esquerda espanhola e todos aqueles que não sendo de esquerda, partilham dessa propensão para a transformação, proporcionaram-me ontem um daqueles momentos em que nos sentimos orgulhosos e arrepiados, ao ver um conjunto de pessoas, com as suas decisões e atitudes, contribuir para criar um mundo melhor.
Aqui ficam algumas das passagens de um artigo do El Mundo sobre o tema:
La gran mayoría de las fuerzas políticas han querido subrayar el paso 'histórico' en el camino de la libertad, la igualdad y la tolerancia que hoy da España al permitir el matrimonio entre personas homosexuales y ofrecer la posibilidad de adoptar niños.
...
El jefe del Ejecutivo, en su defensa de la ley, ha querido destacar que España es desde hoy "un país más decente, porque una sociedad decente es aquella que no humilla a sus miembros". Zapatero manifestó, asimismo, su respeto por las personas e instituciones que no apoyan la iniciativa de su Gobierno.
A ver, também, esta página, que ilustra os principais momentos do dia.
1 Comments:
Voltaste e em grande força!
Sobre esta questão sou da opinião que não há que legislar. São assuntos de afectividade entre seres humanos, assuntos que deveriam passar à margem da Lei.
Espanha está, sem dúvida, na vanguarda da mudança do pensamento, e por isso está de Parabéns.
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