segunda-feira, fevereiro 21, 2005

Sinais



Ainda ontem o PS ganhou e hoje já chove. A crise na agricultura já era. Amanhã é a indústria. Na Quarta-feira a Administração Pública. Na Quinta o défice terá passado à história. Na Sexta já não há desemprego. A este ritmo até 2010 estaremos no pelotão da frente da União Europeia.

2 Comments:

Blogger pedro vieira said...

brilhante raciocínio Miguel! Não fosse a Lúcia ter desaparecido e todos os milagres seriam possíveis.

1:28 da tarde  
Blogger molin said...

Os resultados superaram as expectativas: 120 deputados (ainda sem se saber os eleitos pelos círculos da Europa e Resto do Mundo) é obra! Nem o próprio Cavaco esperava tamanha hecatombe.

Mas Mega Ferreira fez referência no seu clmentário final na RTP a uma coisa extremamente importante: Sampaio pode dormir o sono dos justos na noite da vitória socialista: a descida na abstensão e o voto em massa no PS não deixam margem para dúvidas quanto à dissolução do parlamento.

Do Santana Lopes, nem vale a pena comentar.

Quanto a Portas, o discurso vertical de assumpção da derrota e consequente demissão fazem esperar o pior dos cenários... para o próprio: vai fazer os militantes do CDS rogarem pela sua continuidade, como se não houvesse salvação possível para um partido que, apesar de ter perdido dois deputados, apenas desceu uns míseros 1,5% nos votos.

Por último, o Bloco. Louçã deve sofrer de ejaculação precoce. Ainda nem sabia ao certo o número de deputados que tinha sido eleitos e mal se sobe que tinha duplicado, não perdeu tempo e veio logo fazer a sua declaração da noite, aproveitando para avisar a navegação que quer um novo referendo ao aborto, ainda antes do Verão. Alguém diga ao senhor Louçã que no quadro parlamentar vigente, cada cão pode ladrar o que quiser que a caravana vai andando ao ritmo que os socialistas quiserem. Bem sei, é o lado perverso das maiorias absolutas, mas foi o cenário que 45% dos portugueses assim o quiseram. E não é por se fazer o mais rapidamente possível o referendo que o aborto vai passar a ser despenalizado. Ou muito me engano (e declaro desde já que a minha intenção de voto no referendo vai ser igual ao que já foi feito... voto a favor da despenalização) ou a medida vai voltar a ser chumabada pela população. Infelizmente.

Vamos ver, agora, que nomes vão surgir para o futuro governo da maioria.

2:44 da tarde  

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