Mas afinal...
Mas afinal é assim tão simples?
O JN traz uma entrevista com o Director do Serviço de Obstetrícia do Hospital de São João sobre aquele medicamento cujo nome não se pode pronunciar (eu obviamente limito-me a transcrever a entrevista, declino desde já qualquer responsabilidade criminal no assunto).
Mais uma vez, quem tem acesso privilegiado a médicos tem a vida facilitada. Mas é assim que as coisas funcionam na terra da hipocrisia. O pessoal do centro de saúde é que se lixa...
Vou ali papar uma hóstia (Do latim hostia «vítima») e já venho. Espero que não tenha efeitos secundários.
"Pílula abortiva é mais usada do que se pensa"
Nuno Montenegro
Dir. Serv. Obstetrícia do Hospital S.João
JN. Como funciona a pílula abortiva usada pela WOW?
NM. É igual à usada nos hospitais portugueses para abortos clínicos, o misoprostol. Provoca contracções e amolece o cólo do útero, facilitando a expulsão do embrião. Até se usa para induzir o trabalho de parto.
JN. A WOW usa o misoprostol para secundar a RU-486...
NM. Nós usamo-lo como pílula única, em doses repetidas. A RU-486 é proibida cá e nem deve ser tão eficaz quanto isso, se precisa do misoprostol...
JN: A toma exige um médico?
NM. Não. Qualquer pessoa o pode fazer. Pode ser tomado oralmente, mas é mais eficaz por via vaginal. É um protector gástrico à venda nas farmácias, mediante receita médica, cujo efeito abortivo foi descoberto por acaso. E não há autoridade de saúde que o valide como medicamento abortivo!
JN. Ou seja, viola-se a lei usando-o como pílula abortiva...
NM. Não tenha dúvida. Mas está consagrado, quem é que vai impedir que se use?
JN. E porquê o misoprostol?
NM. Porque é eficaz, sem efeitos adversos graves (apenas náuseas e vómitos comuns), é de baixo custo, evita o internamento e o recurso ao bloco operatório em mais de 90% dos casos. Fora dos hospitais, é muito mais usada do que se pensa e será uma das razões pelas quais diminuíram as complicações após abortos clandestinos.
JN. Há sempre a eventualidade de complicações...
NM. Raras, perda de sangue contínua que se assemelha ao aborto espontâneo e exige raspagem. Depois de se tomar, é irreversível, obriga a interromper a gravidez se não tiver havido aborto, porque causa malformações. Daí ser perigoso tomar o misoprostol sem regras.
O JN traz uma entrevista com o Director do Serviço de Obstetrícia do Hospital de São João sobre aquele medicamento cujo nome não se pode pronunciar (eu obviamente limito-me a transcrever a entrevista, declino desde já qualquer responsabilidade criminal no assunto).
Mais uma vez, quem tem acesso privilegiado a médicos tem a vida facilitada. Mas é assim que as coisas funcionam na terra da hipocrisia. O pessoal do centro de saúde é que se lixa...
Vou ali papar uma hóstia (Do latim hostia «vítima») e já venho. Espero que não tenha efeitos secundários.
"Pílula abortiva é mais usada do que se pensa"
Nuno Montenegro
Dir. Serv. Obstetrícia do Hospital S.João
JN. Como funciona a pílula abortiva usada pela WOW?
NM. É igual à usada nos hospitais portugueses para abortos clínicos, o misoprostol. Provoca contracções e amolece o cólo do útero, facilitando a expulsão do embrião. Até se usa para induzir o trabalho de parto.
JN. A WOW usa o misoprostol para secundar a RU-486...
NM. Nós usamo-lo como pílula única, em doses repetidas. A RU-486 é proibida cá e nem deve ser tão eficaz quanto isso, se precisa do misoprostol...
JN: A toma exige um médico?
NM. Não. Qualquer pessoa o pode fazer. Pode ser tomado oralmente, mas é mais eficaz por via vaginal. É um protector gástrico à venda nas farmácias, mediante receita médica, cujo efeito abortivo foi descoberto por acaso. E não há autoridade de saúde que o valide como medicamento abortivo!
JN. Ou seja, viola-se a lei usando-o como pílula abortiva...
NM. Não tenha dúvida. Mas está consagrado, quem é que vai impedir que se use?
JN. E porquê o misoprostol?
NM. Porque é eficaz, sem efeitos adversos graves (apenas náuseas e vómitos comuns), é de baixo custo, evita o internamento e o recurso ao bloco operatório em mais de 90% dos casos. Fora dos hospitais, é muito mais usada do que se pensa e será uma das razões pelas quais diminuíram as complicações após abortos clandestinos.
JN. Há sempre a eventualidade de complicações...
NM. Raras, perda de sangue contínua que se assemelha ao aborto espontâneo e exige raspagem. Depois de se tomar, é irreversível, obriga a interromper a gravidez se não tiver havido aborto, porque causa malformações. Daí ser perigoso tomar o misoprostol sem regras.
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