Porque nem tudo são más notícias
Há que saber reconhecer também as boas medidas:
"Fim do braço-de-ferro na TAP com saída de Cardoso e Cunha
A saída de António Cardoso e Cunha da transportadora portuguesa, agora anunciada pelo Governo, põe fim a um «braço-de-ferro» com o administrador-delegado Fernando Pinto que dura praticamente desde que o ex-comissário europeu foi nomeado, há quase dois anos"
Desta vez parece que ganhou o gestor competente cuja prioridade é a recuperação da empresa, em vez do político incompetente que queria abandonar a recuperação e preparar a empresa para a privatização a todo o custo...
Pena é que o processo de privatização pareça que vai continuar...
Não é que eu seja contra as privatizações... o que eu sou é contra a privatização indiscriminada do Sector Público e Administrativo sem critérios claros. Alguém sabe quais são os sectores em que Portugal considera ser estratégico ter presença pública e quais são aqueles onde essa presença não é considerada necessária? Esse debate existiu?
A posição oficial hoje é privatizar primeiro e fazer perguntas depois; fazer face ao curto prazo, sem pensar no médio.
Ou seja, é o pensamento táctico a sobrepôr-se ao pensamento estratégico.
Claro que no curto prazo, qualquer destas medidas é facilmente sustentável. E no médio? No médio tudo pode acontecer.
Neste caso concreto, a haver privatização na TAP, o que pode acontecer no médio prazo pode passar, por exemplo, pelo desaparecimento de ligações aéreas a países historicamente ligados a nós, mas que tenham uma rentabilidade aquém do definido pela gestão da empresa. Ou então não... pode continuar tudo no bom caminho, como aparentemente agora se encontra. E este é o grande problema! Pode correr bem, pode correr mal, mas o que seguramente acontecerá é que Portugal, enquanto país, deixará de ter qualquer ascendente sobre este e outro tipo de decisões. Se correr bem ficamos contentes, se não correr bem, podemos ficar sem ligações aéreas ao mundo.
(Obviamente que esta situação é uma situação limite e altamente improvável, mas, em meu entender, a melhor forma de explicar conceitos é ilustrá-los com casos extremos.)
Então e no longo prazo? No longo prazo, como disse John Maynard Keynes, estamos todos mortos!
"Fim do braço-de-ferro na TAP com saída de Cardoso e Cunha
A saída de António Cardoso e Cunha da transportadora portuguesa, agora anunciada pelo Governo, põe fim a um «braço-de-ferro» com o administrador-delegado Fernando Pinto que dura praticamente desde que o ex-comissário europeu foi nomeado, há quase dois anos"
Desta vez parece que ganhou o gestor competente cuja prioridade é a recuperação da empresa, em vez do político incompetente que queria abandonar a recuperação e preparar a empresa para a privatização a todo o custo...
Pena é que o processo de privatização pareça que vai continuar...
Não é que eu seja contra as privatizações... o que eu sou é contra a privatização indiscriminada do Sector Público e Administrativo sem critérios claros. Alguém sabe quais são os sectores em que Portugal considera ser estratégico ter presença pública e quais são aqueles onde essa presença não é considerada necessária? Esse debate existiu?
A posição oficial hoje é privatizar primeiro e fazer perguntas depois; fazer face ao curto prazo, sem pensar no médio.
Ou seja, é o pensamento táctico a sobrepôr-se ao pensamento estratégico.
Claro que no curto prazo, qualquer destas medidas é facilmente sustentável. E no médio? No médio tudo pode acontecer.
Neste caso concreto, a haver privatização na TAP, o que pode acontecer no médio prazo pode passar, por exemplo, pelo desaparecimento de ligações aéreas a países historicamente ligados a nós, mas que tenham uma rentabilidade aquém do definido pela gestão da empresa. Ou então não... pode continuar tudo no bom caminho, como aparentemente agora se encontra. E este é o grande problema! Pode correr bem, pode correr mal, mas o que seguramente acontecerá é que Portugal, enquanto país, deixará de ter qualquer ascendente sobre este e outro tipo de decisões. Se correr bem ficamos contentes, se não correr bem, podemos ficar sem ligações aéreas ao mundo.
(Obviamente que esta situação é uma situação limite e altamente improvável, mas, em meu entender, a melhor forma de explicar conceitos é ilustrá-los com casos extremos.)
Então e no longo prazo? No longo prazo, como disse John Maynard Keynes, estamos todos mortos!
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