quarta-feira, outubro 06, 2004

A do Salazar vem já a seguir...

Entrevista de Manuel Braga da Cruz, que será reempossado hoje como reitor da Universidade Católica Portuguesa, ao Público de Segunda-feira passada.

(...)
P. - As prescrições devem regressar?
R. - Absolutamente, assim como a penalização em termos das propinas. Há que assinalar outro facto que tem sido muito falado e que ninguém tem a coragem de denunciar: hoje, em todas as cidades universitárias de Portugal, existe uma autêntica indústria da noite, que exerce uma fortíssima pressão sobre os estudantes universitários e é responsável por um clima de menor investimento no estudo e na aplicação em geral. Os poderes públicos têm de tomar medidas sobre os horários da indústria da noite.
P. - Isso significa restrições, como em estados norte-americanos, de fechar as discotecas às três da manhã ou não vender bebidas alcoólicas dentro do "campus"?
R. - Absolutamente, sou um defensor da intervenção dos poderes públicos para maior regulação dos locais de diversão.
P. - Mas estamos a falar de jovens adultos...
R. - Mas a verdade é que os pais se queixam cada vez mais. Tenho também ouvido queixas a muitos reitores. Famílias e instituições não são capazes de controlar a enorme pressão que é exercida sobre os jovens e que obviamente não favorece nem contribui para o sucesso escolar.
P. - Estão criadas as condições em Portugal para a sociedade aceitar esse tipo de restrições?
R. - Se o não fizermos, vamos pagar a factura de termos gerações, várias, que viram o seu período de formação afectado por factores como estes. Já tenho visto iniciativas no sentido de intervir. Pedro Santana Lopes formulou o desejo, enquanto presidente da Câmara de Lisboa, de intervir nesse sentido. (...)

Eu nem sou muito de sair à noite. A vida privada do Santana não me interessa uma pevide. Mas por favor, o que é feito da noção do ridículo???

1 Comments:

Blogger molin said...

A admiração de Braga da Cruz por Oliveira Salazar deve ir mais além do que ele próprio admitiu, ficando-se pelo essencial e politicamente correcto.

Que saudades de Carvalho Guerra... bem mais equilibrado. Pelo menos não era mais papista que o Papa.

3:34 da tarde  

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