sexta-feira, outubro 01, 2004

Debt Relief Deal for Poor Nations Seems to Be Near

Serão boas notícias, ou só fogo de vista?

A Grã-Bretanha avançou com dois desafios nesta área:

1. Ofereceu-se para pagar 10% da dívida dos 32 países mais pobres ao Banco Mundial, ao Banco de Desenvolvimento Africano e outras instituições internacionais semelhantes, alocando 180 milhões de dólares anuais a este objectivo (aparentemente saídos do seu orçamento anual de ajuda ao desenvolvimento). Ao fazer isto, deixou ainda um desafio explícito aos restantes países desenvolvidos (nomeadamente aos do G-7) para os imitarem neste domínio.

2. Incitou o Fundo Monetário Internacional a reavaliar as suas reservas de ouro (claramente sub-avaliadas) e a usar essa reavaliação para cortar na dívida desses países. As reservas foram avaliadas a $40 por onça e hoje a cotação do ouro está em mais de $400 por onça. Estima-se que a reavaliação permitiria uma folga de 32 biliões de dólares.

Depois de Kerry se ter pronunciado favoravelmente relativamente a esta proposta britânica, também a actual administração norte-americana reagiu e anunciou que vai levar o assunto a discussão na reunião do G-7 que terá lugar esta semana.

Resta-nos portanto aguardar esperançosamente para ver no que dão estes acontecimentos.

"Because the poor cannot wait, we intend to lead by example by
paying our share of their payments to the World Bank and the African Development
Bank," Mr. Brown is planning to say. "We do this alone today, but we urge you to
use your moral authority to urge other countries to follow suit so that poor
countries can look forward to a future free from the shackles of debt.",

Gordon Brown, the chancellor of the British
Exchequer

"Grants and debt relief must be significantly
increased,'' he said. "We are considering more options to do so, including those
that would provide up to 100 percent debt relief and grants from the
international financial institutions.",

USA Treasury
Secretary, John W. Snow

"It has been done before, and, of
course, it could be done again.'',

Rodrigo Rato, the new
managing director of the I.M.F.

"an enormously constructive
suggestion.",

James D. Wolfensohn, the president of the World
Bank and one of the pioneers of debt relief

P.S. Para lerem os artigos têm que fazer o registo totalmente gratuito e compensador no NYTimes. Entre outras coisas permitir-vos-á ver o debate Kerry-Bush de ontem na íntegra, ler as opiniões de Paul Krugman e receber uma newsletter diária sempre interessante.

5 Comments:

Blogger molin said...

Se forem todos iguais, essa ideia vai ficar para a próxima legislatura, como a despenalização da interrupção voluntária da gravidez, prometida pelo líder do partido-minoritário-mas-que-mesmo-assim-conseguiu-formar-governo-nem-ele-sabe-como!

A simpatia, tal como a amizade, não se agradece. Retribui-se. :)

Um abraço forte

4:24 da tarde  
Blogger Miguel Pinto said...

Um comentário do contra.

Cá vai:

E também vão perdoar a dívida a Angola?

E só vão perdoar as dívidas externas ou também vão deixar de apoiar governantes corruptos?

4:34 da tarde  
Blogger JTF said...

A reflexão sobre o apoio aos governos corruptos estou a deixar para depois de ver se na reunião do G-7 falam sequer do tema...

5:19 da tarde  
Blogger LN said...

Mas estão a falat do George [eu ganhei as eleições com menos votos] Bush ou do Silvio [a Itália ainda vai ser toda minha] Berlusconi ou remetem a análise apenas para presidentes do 3º mundo?

5:46 da tarde  
Blogger JTF said...

Não percebes nada de geo-política!

Esses são os corruptos que apoiam. Nós estávamos a falar dos corruptos que são apoiados.

Depois explico-te melhor...

6:00 da tarde  

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