terça-feira, janeiro 30, 2007

Sobre a gratuitidade

Dos vários jornais gratuitos que andam por aí, os meus olhos prenderam-se hoje no OJE (O Jornal Económico).
Para além de ter um nome que (não fora a dureza do papel) mais parece ser de papel higiénico espanhol de má qualidade, diferencia-se dos demais jornais 'à pala' por não ser mesmo gratuito - a capa anuncia que custa 1 cêntimo - algo que me custa muito a crer pelas pilhas que vejo por aí espalhadas.
Li também a uma notícia na edição de ontem - qualquer coisa sobre a Galp - que rezava, a certa altura assim:

"Em Novembro do ano passado, este poço testou petróleo de 24 graus de gravidade, “com taxas comerciais, a partir de areias com elevada permeabilidade no principal intervalo referenciado”, adianta a Galp."

Pensei para comigo: "Fod&%-se! Tenho andado mesmo muito afastado dos jornais e os jornalistas desenvolveram uma linguagem própria que só eles conhecem...". Decidi ler então o texto todo para tentar quebrar o código:

"A GALP Energia anunciou que o consórcio que explora o Bloco 14 do off--shore angolano, no qual participa com nove por cento, fez a décima descoberta “significativa” de petróleo em águas profundas. “À descoberta seguir-se-á uma sondagem adicional de avaliação, para além dos estudos geológicos e de engenharia, com vista a determinar as dimensões do campo (petrolífero) e a avaliar o potencial das suas reservas”, afirmou a empresa em comunicado. A décima descoberta no Bloco 14, cujo consórcio explorador é liderado pela norte-americana Chevron (31% do capital), foi baptizada “Lucapa-1”. Em Novembro do ano passado, este poço testou petróleo de 24 graus de gravidade, “com taxas comerciais, a partir de areias com elevada permeabilidade no principal intervalo referenciado”, adianta a Galp. O Bloco 14, constituído por cinco áreas de desenvolvimento, é ainda
participado por Sonangol, Total e ENI, cada uma com 20%. Em Angola a Galp actua ainda nos blocos 32, 33 e 14K/A-IMI, detendo uma participação de 20% no Bloco Cabinda Centro, no on-shore.
"

Percebi imediatamente o que me estava a escapar: não há almoços grátis e por isso é preciso financiar o papel (duro) do jornal. Quem melhor para financiar que não o grande estado por intermédio dos serviços secretos? É óbvio, isto é uma mensagem em código dos serviços secretos.

Como não percebo nada de códigos, deixo os números encontrados ao longo do texto que estou desconfiado que seja o número de telefone da uma qualquer moçoila dotada na ginástica: 14 - 9 - 10 - 10 - 14 - 31 - 1 - 24 - 14 - 5 - 20 - 32 - 33 - 14 - 20. Isto sem contar com 'Novembro' como 11...