segunda-feira, maio 23, 2005

A Montanha da Água Lilás



Na passada Sexta-feira fui ver mais uma (fantástica) peça do Teatro Meridional. Chama-se "A Montanha da Água Lilás" e o Pepetela é o autor do texto. A Natália Luíza e o Miguel Seabra voltam a estar de parabéns pelo trabalho feito. Conseguem tornar sempre os textos que escolhem em representações muito envolventes/cosy/aconchegantes/um adjectivo qualquer que ainda não existe e que me tocam bastante. Este trabalho tem um cariz profundamente político e é uma metáfora sobre o petróleo e(m) Angola.

A peça está em cena até 3 Julho, de Quarta a Sábado às 22h e aos Domingos às 18h no Espaço da Mitra, ao Poço do Bispo. Mais informações no sítio do Teatro Meridional em www.teatromeridional.net



SINOPSE
Algures no planeta, uma montanha é habitada por uma comunidade de seres especiais, os Lupis que, por sua vez, conhecem três subgrupos: os Cambutas (que são distraídos, emotivos, criativos e nem sempre consequentes), os Lupões (que são organizados, cerebrais e tudo é susceptível de ser traduzido em números) e os Jacalupis (que são preguiçosos, amantes do prazer e da comida e não conseguem subsistir se não forem alimentados pelos lupões e cambutas). Apesar de todas as diferenças, esta comunidade consegue viver internamente em harmonia.

Até que um dia é descoberta uma Água Lilás que possui preciosos atributos: tem uma fragrância agradavelmente cheirosa, consegue extinguir todos os parasitas que
incomodam os Lupis e parece ter toda uma série de utilizações fantásticas ainda por descobrir.

A forma como este recurso natural começa a ser disputado internamente pelos diferentes grupos Lupis, e como as outras comunidades de animais se querem dele apossar, irá ser o teatro desta história.

Crítica do DN AQUI